sexta-feira, 27 de maio de 2011

Panasonic Toughbook CF-31


Panasonic Toughbook CF-31: Um notebook à prova de tudo!



De relance é fácil confundir o Toughbook CF-31, da Panasonic, com uma daquelas “maletas 007” dos filmes de ação: ele tem até uma alça para transporte. Com design em prata e preto ele é grandalhão (são 7,36 cm de espessura e 3,6 quilos de peso) e certamente imponente, com uma aura de austeridade que impõe respeito.

 


Embora certamente capaz de reproduzir vídeos em alta definição, músicas e até rodar alguns jogos, ele não foi feito para isso, nem para o consumidor comum que está visitando as lojas em busca de um novo notebook. Foi projetado uso por profissionais que trabalham em plataformas de petróleo, indústrias, mineradoras, construção civil e forças de segurança, e que normalmente circulam por ambientes que, seja por causa de calor, poeira, umidade, impactos ou risco de acidentes, seriam inóspitos para um notebook comum.

É essa necessidade de sobrevivência que dita o design da máquina. O chassis é feito em liga de magnésio, mais resistente e mais leve que outros metais comumente usados em portáteis como o alumínio. Você não irá encontrar peças delicadas aqui: a trava que fecha a tampa da máquina (que em muitos notebooks domésticos nem existe mais) é substancial, bem como as dobradiças entre o monitor e a base, que chegam até a ranger com o peso da tampa.


Todas as portas são cobertas por tampas com trava, para impedir a entrada de poeira ou líquidos. O teclado também é resistente a líquidos, e a máquina é capaz de passar ilesa por uma chuva mesmo aberta e funcionando. Outros recursos, como um “aquecedor de HD”, permitem que ele funcione mesmo sob temperaturas abaixo de zero.


Hardware

O coração do Toughbook CF-31 é um processador Intel Core i5 540M de 2,53 Ghz, acompanhado por 2 GB de RAM (expansível a até 8 GB). O modelo testado tem duas “placas de vídeo”. Uma é a GPU ATI Radeon HD 5650 com 512 MB de memória dedicada. A outra é uma Intel Graphics Media Accelerator HD, com 64 MB de memória dedicada.

A duplicidade tem um motivo: usa-se o vídeo Intel, com menor consumo de energia, durante as tarefas do dia-a-dia, e a GPU AMD para tarefas que exigem mais poder de processamento gráfico, como CAD e gráficos em 3D. Assim é possível atingir um equilíbrio entre poder de processamento e autonomia de bateria.

A troca entre as duas opções pode ser feita manualmente na BIOS do computador, ou deixada a cargo do sistema operacional (opção “Switchable Graphics” na BIOS, que determina a melhor escolha com base no uso atual).

O monitor de 13,2 polegadas é sensível ao toque e chamou a atenção, já que há anos não víamos um notebook com monitor de proporção “quadrada” (4:3, com resolução de 1024x768 pixels) e acabamento fosco. Apesar da resolução um pouco baixa para os padrões atuais, a proporção é a mais adequada para aplicativos de produtividade, e o acabamento fosco reduz reflexos, o que é importante no uso ao ar livre. A tecnologia de toque é resistiva, e há uma canetinha (armazenada na alça na frente do gabinete) para facilitar o uso.

Segundo a Panasonic o brilho da tela vai de 2 a 1100 nits. Trocando em miúdos, ela é extremamente brilhante, e tem excelente visibilidade mesmo sob a luz direta do sol. Em ambientes internos é possível usá-la confortavelmente com o brilho em 30%.

Em termos de portas e conectores, o CF-31 é bem servido. Na lateral direita há uma saída HDMI (para conexão a TVs de alta-definição), porta Ethernet (rede cabeada), duas portas USB e o conector de força. Na traseira algo que não se vê mais em PCs domésticos: uma porta serial e uma paralela, ainda muito usadas em ambientes industriais. 

Já na lateral esquerda, atrás de uma grande tampa, estão entradas para cartões PCMCIA Tipo I/Tipo II, ExpressCard e SD. Logo abaixo há um espaço vazio chamado pela Panasonic de “Multimedia Pocket”, onde pode ser plugado um leitor/gravador de DVD (opcional). Ao lado de tudo isso fica a bateria, e no lado oposto o HD, dentro de uma “gaveta” prateada. O teclado é confortável, mas achamos o trackpad pequeno.


Resistência

O maior atrativo do CF-31 é a fama de “indestrutível”. Há um famoso vídeo da Forbes onde um modelo anterior (CF-30, com exatamente o mesmo chassis) sobrevive aos ataques de um tigre, um elefante, a várias quedas e a uma sessão de “boliche” no escritório. A própria Panasonic tem uma conta no YouTube onde mostra o portátil sobrevivendo a sessões de tortura quando amarrado e arrastado por um snowmobile ou por um quadriciclo.

Mas há limites: o Toughbook CF-31 é certificado pela norma MIL-STD-810G (http://goo.gl/eButz) do exército norte-americano, que determina níveis mínimos de resistência a várias situações. Em termos leigos, a Panasonic promete resistência a quedas de até 1,80 m contra piso de concreto, temperaturas entre -60 a +120 graus Celsius e a chuva. Na prática? É muito difícil danificar um Toughbook. Você pode riscar o gabinete, arrancar a tampa de uma porta, fazer um amassado. Mas ele vai sobreviver.

 

0 comentários:

Postar um comentário

Compartilhe

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites